Descomplicando a Precificação na Psicologia: Entendendo a Importância do Valor Justo

Muitas vezes, ser psicólogo é como estar em uma montanha-russa emocional: num momento, você está ajudando alguém a superar um obstáculo significativo na vida; no próximo, está se debatendo sobre quanto cobrar por sua sessão. Ao longo desses últimos anos, realizando trabalho com psicólogos, percebo que muito enfrentam o desconforto de colocar um preço em seu trabalho.

Você já se sentiu culpado ao estabelecer um valor para suas sessões? Como vou cobrar por ajudar alguém a superar dificuldades emocionais? Ou talvez, será que meu trabalho realmente vale o preço que estou cobrando? Essas angústias são bastante comuns, mas podemos compreender que, embora nosso trabalho seja cheio de compaixão e empatia, também é um serviço profissional que exige estudo, dedicação e esforço.

Vamos pensar em nossas aspirações como uma empresa. A ideia não é torná-los frios e impessoais, mas permitir que tenhamos uma gestão eficiente, que nos permita focar em nosso propósito: ajudar as pessoas. E para podermos fazer isso de forma sustentável, é essencial que tenhamos uma ideia clara de como precificar nossos serviços.

Já ouviu falar do Potencial Máximo de Faturamento? Pois é, esse termo que parece tão complexo é, na verdade, bem simples. É o valor que você poderia ganhar se todos os seus horários fossem preenchidos e todos seus pacientes pagassem o valor integral da sessão. Isso não significa que você vá atingir esse valor todo mês, mas é uma ferramenta que nos ajuda a entender melhor nossas possibilidades.

Precisamos lembrar da percepção de valor que os pacientes têm de nosso trabalho. Se cobramos um valor muito baixo, pode passar a ideia de que nosso serviço é de baixa qualidade. Por outro lado, um preço justo e adequado mostra aos pacientes o valor e a qualidade do serviço que estão recebendo.

E tem mais: uma precificação justa nos permite prestar um serviço melhor. Como assim? Bem, quando estamos financeiramente estáveis, focamos melhor em nossos pacientes. Não precisamos nos preocupar tanto com as contas que estão chegando ou com como vamos pagar o aluguel do consultório no próximo mês. Além disso, quando somos justamente remunerados, nosso trabalho se torna ainda mais gratificante e nos impulsiona a uma busca por melhoria cada vez maior. 

Com isso, embora possa ser um pouco desconfortável no início, enfrentar a questão da precificação é essencial para uma prática de psicologia sustentável. Não é apenas sobre ganhar dinheiro, mas sobre garantir que podemos continuar a fazer o que amamos.

No final das contas, com uma gestão eficiente e uma precificação justa, todos saem ganhando. Assim, construímos uma relação terapêutica eficaz e duradoura.

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