Dinheiro é bom demais, mas não resolve tudo.

Semana passada em uma palestra uma pessoa novamente levantou a discussão se dinheiro traz ou não felicidade.

Todos nós queremos dinheiro, todos ficamos felizes quando o ganhamos e quase que entramos em depressão quando perdemos. Sem dúvidas ele é um dos maiores protagonistas da nossa vida. Acontece que por mais que o tenhamos, ele não irá resolver todas nossas necessidades. E isso é que é bonito, pois existem infinitas possibilidades de criação além do vil metal.

Durante minha atuação como planejador financeiro e também como psicólogo, tenho visto que as pessoas encaram o sucesso financeiro como o auge da realização, o dinheiro é visto como um salvador silencioso. Ele nos garante abrigo, sustento e, até certo ponto, uma sensação de segurança.

Me lembro de muitas aulas que ministrei onde fazia a seguinte pergunta: Qual a sua motivação para trabalhar? E as respostas eram parecidas com a que você provavelmente acabou de pensar. Dinheiro!

Parece ele é nossa motivação, o que nos dá um impulso, nos ajuda a enfrentar obstáculos e a buscar aspirações. É o suporte que nos ajuda a garantir nossas necessidades e prazeres.

Contudo, aqueles que passaram por momentos de crise, seja ela financeira ou profissional, compreendem a verdade por trás dessas motivações. Há buracos em nossa alma que o dinheiro simplesmente não pode preencher. Existem anseios e aspirações que não se traduzem em valores monetários. O abraço de um amigo, o consolo na adversidade ou a satisfação de um objetivo pessoal alcançado, nenhum destes tem etiqueta de preço.

Não me interpretem mal, não estou defendendo a pobreza como virtude, ou sugerindo que a prosperidade financeira não traga benefícios tangíveis. É muito melhor ter problemas sendo rico e desfrutando de uma noite na Times Square do que enfrentar dificuldades financeiras aqui no Brasil. O bem-estar, de fato, tem correlação com a estabilidade financeira. Mas isso não implica que uma conta bancária recheada seja a receita infalível para uma vida plena e significativa.

O dinheiro pode aumentar as chances de uma vida confortável, mas não é a causa direta de uma vida repleta de significado e propósito. É um facilitador, não um garantidor.

Portanto, enquanto nos esforçamos para ganhar dinheiro, devemos também nos lembrar do que verdadeiramente importa. A verdadeira riqueza está nas experiências, nas relações e nos momentos que nos fazem sentir vivos e conectados. E essa é uma moeda que o dinheiro, por mais abundante que seja, simplesmente não pode comprar.

 

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